DEPRESSÃO Aprenda a identificar!

DEPRESSÃO Aprenda a identificar!
Marta Elini dos Santos Borges*
* Diretora e responsável técnica - CCNS, Mestre em Saúde da Família, Especialista em Psicologia Clínica, Hospitalar e Hipnose Clínica, Atuação por 28 anos como Psicóloga no serviço de Nefrologia e Transplante Renal do Hospital Federal de Bonsucesso.


A depressão é uma doença muito frequente na população. Só quem a tem sabe o quanto é difícil conviver com ela!
Quando ocorrem situações como perdas importantes, morte na família, separação , dificuldades financeiras, desemprego, etc… estruturas do cérebro que são sensíveis a hormônios relacionados ao estresse sofrem alterações. Há então um desequilíbrio que pode desencadear os sintomas depressivos, levando a situações como as que se pode ver nos depoimentos abaixo:

“Do nada eu choro… passo até vergonha às vezes porque acho que pensam que devo ser uma velha gagá…” (L.T. — 63 anos — aposentada)

“Não quero mais estudar. Não vejo futuro pra mim… Essa escola é uma coisa muito chata. Ah… estudar pra que se eu não vou ser nada na vida mesmo?…” (Y.O.P. 16 anos — estudante)

“A vida não faz mais sentido pra mim…” (T.R.F. — 38 anos — comerciário)

“Tem gente que acha que eu preciso de um tanque de roupa pra lavar, outros falam que eu tenho que sair mais… ninguém entende o que eu estou passando… Que ódio que isso me dá!… (M.S.A. — 25 anos — vendedora)

Veja abaixo alguns sinais que podem estar relacionados a um quadro depressivo e que precisam ser avaliados para que não se tornem um problema mais grave:

Tristeza
Choro aparentemente sem motivo
Irritabilidade
Sentimento de solidão, mesmo quando com pessoas a volta
Gastos desmedidos
Ansiedade frequente
Sensação de vazio inexplicável
Sentimento de solidão
Desinteresse por coisas prazerosas
Insônia
Mudanças no apetite
Perda ou ganho de peso
Falta de concentração
Sentimento de culpa frequente
Cansaço
Pensamentos recorrentes sobre morte

É muito importante que se fique alerta aos sinais da depressão.
Deve ser feita uma avaliação dos sinais e sintomas apresentados. A partir daí, intervenções como psicoterapia, medicamentos e mudanças no estilo de vida poderão ser indicadas para que se restabeleça a qualidade de vida.